domingo, 7 de abril de 2013

A ORIGEM DA PALAVRA "BEBERIBE" E DO BAIRRO EM RECIFE PERNAMBUCO.



          A palavra “Beberibe” é de origem indígena que significa “voar em bandos”  referindo-se aos voos dos pássaros existentes no local no passado, nas  margens desse rio. As águas do rio Beberibe representavam fonte de vida  e ajudavam na sobrevivência da sociedade em tempos remotos.
            Havendo hoje um imenso desprezo e desconhecimento  por parte dos nossos governantes, aliado a uma deseducação da população no trato com a água, e tambem a ocupação desordenada que polui, cria  assoreamento e asfixia um dos rios mais importantes da região metropolitana do Recife, o Rio Beberibe.

Obra de Abelardo da Hora simbolizando a liberdade

Ri Beberibe quando chove em Recife


A única e bela praça da Convênção de Beberibe


Rio Beberibe (hoje) totalmente assoreado
   Desde meados do século XV os benefícios do rio eram falados. É notórias a referência do rio, e as terras de Beberibe, que pertencia a um senhor de nome Diogo Gonçalves. Que recebeu de Dom João III, em seguida foi construído um grande engenho de açúcar e uma capela, depois da sua morte passa para novos donos, José de Sá e Albuquerque.Que tomaram posse da área e bens do engenho que entra em decadência com a chegada dos holandeses. A propriedade é transformada em fazenda, com abundantes Jazidas de excelentes pedras calcarias,  água potável e extensa florestas para o fornecimento de lenha necessária aos fornos de calcinação: uma grande caieira. Desse engenho, subindo pelo rio Beberibe, do Varadouro para cima, se tirava água para o abastecimento da vila de Olinda.
Em 1714, com a morte dos herdeiros o engenho é doado a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe em Olinda com todas suas matas, pastos e olarias e tudo que pertencia às ditas terras, passando em seguida ao patrimônio do colégio dos Padres Jesuítas. Em virtude da expulsão e banimento desses religiosos a propriedade foi confiscada pela Fazenda Real em 1765, sendo depois vendida em hasta pública.

No ano de 1807 a propriedade passou a pertencer ao padre Felipe Néri de Farias, saindo das suas mãos em 1829, quando a propriedade passou a ser conhecida em função da sua casa de Vivenda de Sobrado, com senzala, estribaria, casa de Farinha, uma grande quantidade de matas e águas cristalinas. Águas essas que apanhadas do rio Beberibe na ponte do Varadouro, em Olinda, serviu para o abastecimento da cidade vizinha. No entanto os pretos tomavam banho nas águas dos depósitos, que eram de madeiras e feito pelos escravos, trazidos nas canoas tornando as mesmas impuras e interferindo na sua qualidade. Fato este que ensejou insatisfações na população e forte desejo da construção de um sistema de encanamento para levar a água do rio Beberibe até a cidade do Recife. 

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